PROJETOS
HA&RD Project
Equipa
- Elisabete Roldão (IR) – Assistive Technology and Occupational Performance Laboratory (aTOPlab), Center for Innovative Care and Health Technology (ciTechCare), Escola Superior de Saúde, Politécnico de Leiria
- Dulce Gomes – Assistive Technology and Occupational Performance Laboratory (aTOPlab), Center for Innovative Care and Health Technology (ciTechCare), Escola Superior de Saúde, Politécnico de Leiria
- Rui Pinto – Assistive Technology and Occupational Performance Laboratory (aTOPlab), Center for Innovative Care and Health Technology (ciTechCare), Escola Superior de Saúde, Politécnico de Leiria
Com a criação de um grupo de trabalho multidisciplinar, são criadas as condições para propor a opção tecnológica mais inovadora para produzir um dispositivo médico personalizável e utilizável durante as atividades diárias, melhorando a qualidade dos serviços prestados pelas instituições de saúde e otimizando a funcionalidade dos utilizadores no contexto hospitalar ou fora da clínica.
Este projeto pretende criar um dispositivo médico multissensorial, pequeno, portátil, higienizável e sem fios, a ser utilizado por pessoas com limitações de funcionalidade, autonomia e independência, devido a alterações nas funções das estruturas do membro superior. Este dispositivo permitirá a monitorização, treino e reabilitação de parâmetros como a força e amplitude de movimento da mão, respondendo à necessidade de responsabilização e envolvimento dos utilizadores no seu processo de tratamento, conferindo-lhes mais autonomia e responsabilidade durante o mesmo. Pode ser personalizado para cada utilizador, tornando esta abordagem mais focada no seu desempenho, atendendo às suas necessidades específicas e obtendo ganhos em saúde. Com a constituição de um grupo de trabalho multidisciplinar, são criadas as condições para propor a opção tecnológica mais inovadora para a produção de um dispositivo médico personalizável e utilizável durante as atividades diárias, melhorando a qualidade dos serviços prestados pelas instituições de saúde e otimizando a funcionalidade dos utentes em contexto hospitalar, institucional, domiciliário ou comunitário.
Colaborações
Contributo para a melhoria discriminativa do teste de estereognosia do Screening Assessment of Sensory Integration (SASI) – Research ED. V.2.2.
O aTOPlab colaborou com a modelação e impressão 3D das peças para avaliação da estereognosia (Dino Freitas).
Equipa
- Ana Reis – Estudante de Mestrado de Terapia Ocupacional – Especialização em Integração Sensorial da Escola Superior de Saúde Alcoitão
- Helena Reis (Orientadora) – Center for Innovative Care and Health Technology (ciTechCare), Escola Superior de Saúde, Politécnico de Leiria
- Paula Serrano (Coorientadora) – Escola Superior de Saúde de Alcoitão
Em Portugal foi realizada a tradução e adaptação cultural e linguística do SASI v.2.2. (Costa, 2019) e iniciou-se a validação, onde se estudou a fidedignidade e a validade discriminante e de construto (Marques, 2020). Neste último, verificou-se uma boa consistência interna e concordância interobservador. O SASI também se mostrou um instrumento capaz de discriminar entre grupos etários, onde seis dos seus domínios medem a cotação total do SASI e este total pode ser usado na população portuguesa. O domínio que avalia a discriminação tátil apresenta uma fiabilidade aceitável, mas com um valor não muito alto (Marques, 2020).
Com base nos diferentes estudos realizados onde se avaliou a validade do SASI, um dos domínios que obteve dados menos significativos foi o da discriminação tátil. Este domínio do SASI é composto por três provas específicas, a de estereognosia, a de localização do estímulo tátil e a de cinestesia. Ao longo dos anos, vários investigadores, terapeutas especialistas em integração sensorial que aplicam o SASI e a própria autora foram notando que o teste de estereognosia do SASI era pouco sensível às pequenas variações de desempenho das crianças, pelo que teria que sofrer algumas alterações para que se tornasse mais discriminante.
Neste sentido o objetivo desta investigação é contribuir para a melhoria da capacidade discriminativa do teste de estereognosia do Screening Assessment of Sensory Integration (SASI) – Research Ed. V.2.2 e como objetivo específico verificar a validade discriminante entre o teste de estereognosia do SASI Research Ed. V.2.2 e o teste de estereognosia com as modificações.
Smart Speakers na diversidade funcional: um estudo de caso com uma pessoa com Distrofia muscular de Duchenne
Estudo no âmbito do Mestrado em Terapia Ocupacional do Politécnico do Porto de Rafael Tavares, orientado por Jaime Ribeiro, ambos do aTOPlab. O mestrado é coorientado por Helena Sousa do Politécnico do Porto.
Rafael Tavares – Estudante do Mestrado em Terapia Ocupacional da Escola Superior de Saúde do Politécnico do Porto & Assistive Technology and Occupational Performance Laboratory (aTOPlab), Center for Innovative Care and Health Technology (ciTechCare), Escola Superior de Saúde, Politécnico de Leiria
Jaime Ribeiro – Assistive Technology and Occupational Performance Laboratory (aTOPlab), Center for Innovative Care and Health Technology (ciTechCare), Escola Superior de Saúde, Politécnico de Leiria
A Distrofia Muscular de Duchenne (DMD) consiste numa doença genética com afetação muscular severa. A perda muscular gradual provoca alterações no perfil ocupacional e situações de privação, evidenciando-se a necessidade de apoio de terceiros. Os cuidadores são solicitados para as mais variadas tarefas e frequentemente entram em sobrecarga. Os smart speakers (SS), como o Amazon Echo e o Google Nest, estão estabelecidos no mercado mundial e disponíveis para a população geral. A inteligência artificial programada nestes dispositivos de conversação abre espaço para a criação de intervenções aplicáveis num contexto de casa inteligente. Eles possibilitam a manipulação de outros dispositivos inteligentes presentes no nosso ambiente, mas são, atualmente, pouco explorados em populações com deficiência. Qualquer pessoa com oralidade compreensível pode pedir que a televisão ligue, que o rádio toque, pode dizer uma palavra-chave que envie um sinal de alerta a um cuidador, enviar e-mails, fazer chamadas, encomendar comida, abrir estores elétricos ou portas, pedir que a casa seja aspirada, ligar luzes, ligar ventoinhas e aquecedores, abrir uma torneira até, tendo o acessório correto, entre tantas outras. Trata-se de sistemas de baixo custo (muito baixo quando comparados a sistemas estruturados de domótica e desenvolvidos concretamente para esse efeito), completamente abertos e que crescem em função das necessidades específicas da pessoa. No entanto não são ainda vistos e aceites como ferramentas de intervenção.
Pretendemos com o nosso trabalho analisar potenciais variações na participação e desempenho de um indivíduo com DMD, na sobrecarga dos cuidadores, e ainda escrutinar o real potencial dos SS enquanto unidade de controlo ambiental.